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>Reportagens > Especial

Roque Colman volta a competir no Motocross Uruguaio
Publicado em: 14/10/2010
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Quarenta e seis anos depois, veterano voltou a competir na cidade de Young no Uruguai
Redação MotoX.com.br - Lucídio Arruda - Fotos: Sílvia Fortes e Alejandro Ibarra


Roque Colman ao lado de Walter Larossa e Milton Pastorini


Roque em ação no circuito de La Loma
A história de Roque Colman se confunde com a história do Motocross no Brasil. Este uruguaio mudou-se para São Paulo em 1973 e foi um dos pioneiros da modalidade em nosso país. Mas a vida de Roque nas pistas começou muito antes, no Uruguai. Antes mesmo até das pistas oficiais de competição existirem.

"Adaptávamos motores em bicicletas para provas de velocidade na terra, o chamado Velocross. Ainda não existiam pistas com obstáculos naquela época", lembra o veterano que passou toda sua infância na cidade de Paysandú. "Minha primeira corrida foi em 1958", lembra.

Aos poucos as motos passaram a sair do chão: "Tinha um terreno acidentado em um parque onde o pessoal brincava depois do almoço. A cada semana alguém aumentava a distância nesses saltos e logo veio a ideia de adicionar obstáculos às pistas tirando a moto do chão."

A novidade despertou o espírito de preparador e inventor de Roque já que os saltos exigiam além do previsto no projeto original das motos.

"Tinhamos que reforçar tanto os quadros das motos, que passamos a fabricá-los artesanalmente. Tirando o motor e as rodas, tudo era caseiro".


O início, no Uruguai. Praticamente tudo era adaptado nas motos.


Já no Brasil, numa das primeiras corridas em Interlagos. O número 62 começava a ficar famoso nas pistas do Brasil.
Quando chegou ao Brasil, Roque trabalhou como mecânico numa oficina Suzuki e tratou logo de descobrir onde havia pista de Motocross. Participou dos primeiros campeonatos paulistas ao lado de nomes como Nivanor Bernardi, Paulo Salvalágio (Paulé), Neco (piloto de Poços de Caldas), o também uruguaio Gustavo Cerdeña e João Toledo.

A primeira etapa do campeonato tem uma passagem folclórica: "Pelo regulamento precisávamos de mais um piloto para completar o número mínimo de participantes na categoria 250cc. A solução foi "obrigar" um espectador a largar com a gente."

"O cara falava: -Vocês vão me matar aí nessa pista! E a gente respondia: - Só precisa largar e andar uns dez metros, depois você sai... Deu trabalho, mas conseguimos convencer o caboclo",  Roque conta em meio à gargalhadas.

Poucos anos depois abriu sua própria oficina e trabalhou nas equipes oficiais da Honda e Yamaha durante os campeonatos na década de 80. Mas Roque nunca deixou de pilotar, e até hoje, aos 65 anos, treina e compete regularmente nas provas do interior de São Paulo.

O retorno ao Uruguai


Gate da 6ª etapa do Uruguaio de Motocross


Hernan Cabrera
Depois de estabelecer sua vida no Brasil o "Velho Roque", como é conhecido, sempre voltou ao Uruguai para passar férias e encontrar os antigos companheiros precursores do Motocross. É claro que ele não deixaria passar a oportunidade de competir por lá novamente.

Neste mês de outubro Roque foi convidado pelo organizador Daniel Benitez, a competir na sexta etapa do Uruguaio Nacional de Motocross, na cidade de Jung. Com passagens pagas e uma Honda CRF 250R 2010 a disposição, não tinha como recusar a oferta.

"Foi um evento muito bonito e muito bem organizado. Dizem que foi a melhor etapa do campeonato. Fico feliz em ver o Motocross crescendo no Uruguai. Tinhamos também pilotos da Argentina competindo. Minha primeira corrida em Jung foi em 1964 com uma italiana Parilla de 50cc"


"Os uruguaios gostam muito de moto e praticamente a cidade toda, além dos vizinhos de Paysandú, compareceu para acompanhar as corridas. O Circuito de La Loma é muito diferente das pistas que estou acostumado no Brasil. São poucos saltos e nenhuma curva tem parede", conta o veterano.

Com o frio típico da região durante esta época e sem uma categoria para sua faixa etária, Roque alinhou na Master, ao lado de pilotos entre 35 e 40 anos. Apesar da má largada ele completou a primeira bateria na terceira posição entre os 16 pilotos.

Na segunda bateria, mais acostumado à pista, Roque foi novamente terceiro colocado. Nas categorias principais o destaque foi o jovem Hernan Cabrera, que venceu tanto a Open como a MX2. Pablo Florin foi o segundo na Open e Alberton Florin o segundo na MX2.

Já Agustin Cerdeña, filho de Gustavo Cerdeña, companheiro de Roque nos primórdios do Paulista de Motocross, foi terceiro colocado na Open, após vencer a primeira bateria.


Resultados 6ª etapa Uruguaio de Motocross, Jung, Circuito La Loma

P. Master A Bat 1 Puntos Bat 2 Puntos Total
1 11 Walter Larrosa 2 22 1 25 47
2 71 Milton Pastorini 1 25 2 22 47
3 62 Roque Colman 3 20 3 20 40
4 18 Omar Curuchet 4 18 4 18 36
5 128 Roberto Repetto 5 16 5 16 32
6 122 Mauricio Luongo 6 15 6 15 30
7 160 Andres Ceruti 7 14 7 14 28
P. Master B Total
1 15 Esteban Chapuis 2 22 1 25 47
2 31 Roberto Diaz 1 25 2 22 47
3 56 Mauricio Anselmi 3 20 3 20 40
4 51 Gustavo Garcia 4 18 4 18 36
5 81 Joaquin Castro 8 13 5 16 29
6 63 Dionisio Ferreira 6 15 7 14 29
7 7 Pablo Balduvino 5 16 9 12 28
8 93 Javier Garcia 9 12 6 15 27
9 8 Gustavo Cecot 7 14 8 13 27
10 98 Pedro Fernandez 10 10 11 11
P. Open Bat 1 Puntos Bat 2 Puntos Total
1 21 Hernan Cabrera 2 22 1 25 47
2 62 Pablo Florin 4 18 2 22 40
3 10 Agustin Cerdeña 1 25 6 15 40
4 44 Nicolas Rolando 3 20 4 18 38
5 67 Alberto Florin 5 16 3 20 36
6 22 Juan I. Grub 6 15 5 16 31
7 60 Kevin Pintos 7 14 7 14 28
8 51 Gustavo Garcia 9 12 8 13 25
9 222 Andres Martin 8 13 13
10 144 Daniel Olivera 10 11 10 11
11 40 Alexis Molinari 11 10 11 10
12 14 Rodrigo Garcia 12 9 0
13 56 Mauricio Anselmi 13 0
P. Mx2 A Bat 1 Bat 2 Total
1 21 Hernan Cabrera 1 25 1 25 50
2 67 Alberto Florin 2 22 2 22 44
3 32 Julio Roth 5 16 3 20 36
4 22 Juan I. Grub 4 18 4 18 36
5 62 Pablo Florin 3 20 9 12 32
6 5 Marcelo Bardesio 6 15 5 16 31
7 014 Agustin Pereyra 8 13 6 15 28
8 15 Juan Roth 7 14 7 14 28
9 20 Flavio Molinari 9 12 8 13 25
10 44 Nicolas Rolando 10 11 11
P. Mx2 B Bat 1 Bat 2 Total
1 13 Kevin Pintos 2 22 1 25 47
2 222 Andres Martin 1 25 2 22 47
3 87 Diego Scannziani 3 20 3 20 40
4 14 Rodrigo Garcia 4 18 4 18 36
5 24 Marcos Nuñez 6 15 5 16 31
6 144 Daniel Olivera 5 16 6 15 31
P. Junior Bat 1 Puntos Bat 2 Puntos Total
1 46 Marcos Gutierrez 2 22 1 25 47
2 66 Mauricio Guglielmone 1 25 3 20 45
3 67 Gonzalo Scanziani 3 20 2 22 42
4 40 Alexis Molinari 4 18 5 16 34
5 18 Marcelo Garland 6 15 4 18 33
6 5 Damian Delassio 5 16 6 15 31
7 81 Juan Ignacio Fontana 7 14 7 14 28
8 47 Cesar Larrosa 8 13 8 13 26
9 984 Carlos Cocco 9 12 9 12 24
10 64 Gaston Ayala 11 10 0
11 33 Gabriel Anselmi 10 11 0
P. Escuela Bat 1 Puntos Bat 2 Puntos Total
1 18 Sebastian Celesia 1 25 1 25 50
2 10 Matias Capdevila 3 20 2 22 42
3 34 Joaquin Perini 2 22 3 20 42
4 8 Marco Antonio Davila 4 18 4 18 36
5 007 Mateo Lecuna 5 16 5 16 32
6 16 Nicolas Castillo 6 15 6 15 30
P. 85 Bat 1 Puntos Bat 2 Puntos Total
1 21 Diego Scanziani 1 25 1 25 50
2 77 Uruguay Melazzi 2 22 2 22 44
3 46 Francisco Urrutia 3 20 3 20 40
4 31 Walter Marrero 5 16 4 18 34
5 18 Mariano Morales 4 18 5 16 34
6 37 Joaquin Irigaray 7 14 6 15 29
7 10 Ayrton Schmidt 8 13 7 14 27
8 5 Alvaro Manzioni 6 15 10 11 26
9 26 Faustino Avondet 9 12 8 13 25
10 7 Claudio Garcia 10 9 12 12
P. 65 Bat 1 Puntos Bat 2 Puntos Total
1 11 Maximiliano Schmidt 1 25 1 25 50
2 7 Claudio Garcia 2 22 2 22 44
3 14 Juan Manuel Capdevila 3 20 3 20 40
4 3 Nicolas Celesia 4 18 4 18 36
5 74 Joaquin Ferreira 6 15 5 16 31
6 20 Donkan Cuevas 5 16 6 16
P. Minicross Bat 1 Puntos Bat 2 Puntos Total
1 1 German Bratschi 1 25 1 25 50
2 46 Alfonso Bratschi 2 22 2 22 44
3 15 Matias Bardesio 3 20 3 20 40
4 12 Camilo Sposito 4 18 4 18 36
5 28 Francisco Besco 5 16 5 16 32






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