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Teste Gas Gas Cami EC 250
Publicado em: 10/11/2012
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Gas Gas aposta no seguimento intermediário com moto desenvolvida para o Brasil
Redação MotoX.com.br - Texto e fotos: Lucídio Arruda


Gas Gas Cami EC250


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A espanhola Gas Gas já é uma velha conhecida de todo aficionado off-road por seus excelentes modelos profissionais de enduro e trial. Mas já a alguns anos pipocam pelos bastidores protótipos de uma versão de enduro que ocuparia a posição de entrada da marca.

E esse modelo finalmente apareceu em sua forma definitiva, ou quase ele, pelo menos. Avaliamos uma unidade, um dos três protótipos pré-serie que rodam entre Brasil e Espanha antes da linha de produção entrar em operação. Existem planos de nacionalizar a produção em uma planta com capacidade para 2.500 unidades por ano em Contagem (MG), que atenderia também o Mercosul.

A Gas Gas Cami EC 250 é resultado de um trabalho conjunto de três anos entre o Grupo Celeghini, distribuidor nacional, e a matriz espanhola. O foco é atender a lacuna, tanto em termos de custo, como em exigência técnica dos pilotos, entre as 230cc nacionais e as motocicletas especiais de competição.
 

Gas Gas Cami EC250

Vamos conferir como a Cami se saiu.

A motocicleta



Mesa da suspensão dianteira
O porte da motocicleta agrada logo a primeira vista. Tem tamanho bem próximo à sua irmã mais velha EC 250i. A construção geral também se mostrou positiva seguindo o excelente padrão de qualidade Gas Gas. Plásticos e banco bem acabados, quadro com tubos generosos e soldas bem cuidadas, balança traseira de boas proporções com acabamento fosco, bons comandos, escape Reverse como nos modelos top da marca. Chamam a atenção também as enormes ventoinhas dos largos radiadores. Fora superaquecimento!

Os espanhóis foram buscar o motor em Taiwan. É um 4 tempos refrigerado à água, 4 válvulas com comando único, alimentado por carburador. Segue a receita de diâmetro largo e curso curto como a maioria das motos de competição de hoje em dia: 77x53mm respectivamente.


 Espanhola é equipada com motor de origem asiática


A enorme ventoinha que auxilia os largos radiadores
A suspensão traseira com links recebe um amortecedor Sachs com as tradicionais regulagens de mola, compressão e retorno. Na frente a suspensão é formada por um conjunto convencional sem regulagens externas. Um ponto que desagradou foi a mesa dianteira com os suportes do guidão muito próximos ao centro, como nas motos de rua. Essa disposição aumenta a alavanca na ponta do guidão podendo entortá-lo com mais facilidade nas inevitáveis quedas.

Os freios são a disco - pistão duplo na frente e simples atrás - nas duas rodas equipadas com aros de alumínio nas medidas padrão de 21 polegadas na frente e 18 atrás. O peso declarado de 110kg é uma marca respeitável para o porte do modelo, para efeito de comparação, são apenas 3kg a mais que uma Honda CRF 230.

A posição de pilotagem é um pouco menos agressiva que nos modelos pró, com o piloto sentado um pouquinho mais baixo e recuado. Causa certo incômodo a largura dos radiadores que deixa os joelhos mais abertos que de costume.

Andando


Boa de curva... 


..a Cami também supera obstáculos com facilidade
O motor tem um ronco agradável e confirma suas características de bom girador que a ficha técnica sugere. O acerto privilegia os baixos giros, mas não é um motor "amarrado", sobe de rotações com desenvoltura mostrando boa elasticidade. A partida é eletrica, mas o bom e velho pedal de partida está lá, para no caso de alguma emergência não se ficar no mato sem cachorro.

Outro destaque é a maneabilidade. Não é preciso muito tempo a bordo para se sentir à vontade com a Cami. É uma motocicleta obediente que não exige muito esforço para atender aos desejos do piloto. Pelo contrário, se joga nas curvas com facilidade sem desvios de trajetória.

Sobre os freios não há muito o que falar. Com diâmetro menor que os modelos pró, o dianteiro não decepciona, apesar de não empolgar também. Tem um desempenho condizente com a performance do modelo. O disco traseiro também cumpre seu papel sem a perda de eficiência costumeira dos tambores quando se aquecem ou passam pela água.

Se o desempenho está um degrau abaixo das irmãs profissionais, a Cami mostrou qualidades que não deixam se intimidar com as situações mais bravas nas trilhas como subidões ou atoleiros onde se sairá melhor que as 230cc nacionais.

A motocicleta já pode ser encomendada nas revendedoras Gas Gas por cerca de R$ 19.000,00. As primeiras unidades estão previstas para entrega em janeiro de 2013.

Opinião do piloto 
 

A Gas Gas Cami tem como proposta preencher um nicho do segmento ainda pouco explorado, que fica entre os modelos off-road nacionais e os importados. Na prática, em desempenho, será isso que os usuários encontrarão, um meio-termo. O foco do modelo é o lazer, assim como acontece com as opções de 230cc fabricadas no Brasil, e como esses modelos básicos ela também deve encontrar seu espaço nas provas regionais.

O porte da motocicleta é, também, um meio-termo, para os pilotos de maior estatura certamente mais confortável que as pequenas nacionais, mas sem ser tão alta quanto as importadas. Saí com a Cami depois de algumas voltas com sua prima puro-sangue, a Gas Gas EC 300. A mudança brusca não foi um problema. Foi fácil me acostumar com a novidade, que mostrou um conjunto equilibrado e me transmitiu segurança. Em pouco tempo também senti um incômodo com a postura, os joelhos, obrigatoriamente, ficam em posição mais aberta que o desejável. A largura do conjunto tanque/aletas, devido ao tamanho dos radiadores, motivo do desconforto, impediu a mesma integração que senti com o modelo profissional.


O motor rende o que é esperado dentro da proposta, trabalha privilegiando baixa e média rotação, com mais ênfase no torque do que na potência. Bom para encarar trilhas travadas, também é suficiente para uma brincadeira na pista, pois sobe de giro esperto, claro, longe do fôlego dos modelos racing. Os freios, ambos a disco, são precisos, bem modulados.

As suspensões cumprem o papel com discrição, sem chamar atenção e também sem comprometer, mesmo tendo cursos menores do que o esperado. O amortecedor Sachs com regulagem na traseira, acredito ser o destaque do conjunto. Na frente o bom acerto do garfo ajuda a compensar o curso mais curto que das 230cc nacionais. No geral, as suspensões atendem à proposta e o desempenho do modelo. 


Maurício Arruda

Ficha Técnica

EC 250 F CAMI
Motor 4 tempos, monocilíndrico, refrigeração líquida
Cilindro 249,6 cc
Cabeçote Comando simples, 4 válvulas
Diâmetro e curso 77 x 53 mm
Partida Elétrica e pedal
Câmbio 6 velocidades
Embreagem Multi-disco banhado a óleo / Acionamento por cabo
Carburador Carburador Dellorto 34 mm
Acabamento Plástico inquebrável, Polisport
Quadro Deltabox. Fabricado em cromo-molibdênio
Suspensão Traseira Sachs com sistema progressivo, curso de 220mm
Suspensão Dianteira Curso de 195 mm, diâmetro 37 mm
Regulagem da SuspensãoTraseira Pré-carga da mola, retorno e compressão
Aros Alumínio, raiadas, dianteira 1,65x21/ traseira 2.15x18
Pneu Dianteiro: 90x90 21"
Pneu Traseiro: 100x100 18"
Freio dianteiro Disco 220 mm de diâmetro e pinça de pistão duplo
Freio traseiro Disco 185 mm de diâmetro e pinça de pistão simples
Combustível 6,3 litros / Gasolina
Peso seco 110 kg
Dimensões Comprimento x largura x altura: 2.224 x 880 x 1.200 mm
Altura do Assento 900 mm

Informações: Gas Gas Brasil (31) 3071-4066






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